13 Perguntas Essenciais para uma Comunicação Eficaz entre Médico e Paciente

Uma boa comunicação é a base de um cuidado em saúde eficaz, seguro e humanizado.

No setor de saúde, as práticas preventivas e o envolvimento do paciente em seu diagnóstico são passos fundamentais para o sucesso dos tratamentos e para a segurança do paciente. Ao invés de ver o paciente apenas como um receptor de diagnósticos e tratamentos, precisamos de uma nova abordagem, onde ele é um participante ativo de seu processo de saúde. E este é o desafio: melhorar a comunicação nas instituições de saúde através de 13 perguntas essenciais que os médicos podem fazer ao paciente, promovendo uma tomada de decisão mais segura e alinhada.

Hoje, muitos pacientes fazem mais perguntas ao comprar um celular ou ao escolher um restaurante do que durante uma consulta médica. Essa postura passiva resulta em tratamentos que poderiam ser mais eficazes se houvesse uma comunicação mais clara e objetiva. Quando o paciente se sente à vontade para questionar e entender seu próprio diagnóstico e as alternativas de tratamento, ele participa ativamente de sua saúde e promove um ambiente mais seguro.

Um Sistema de Saúde Voltado para o Resultado

Historicamente, o sistema de saúde foi orientado para estruturas e processos; no entanto, estamos caminhando para uma era em que os resultados do tratamento e a satisfação do paciente serão as principais métricas de sucesso. Para isso, é necessário transformar a comunicação em uma via de mão dupla, onde o paciente possa fazer perguntas e obter informações fundamentais para seu tratamento. 

Ao incentivar o paciente a questionar e compreender cada aspecto de seu tratamento, estabelecemos uma cultura de segurança, onde o paciente, o médico e toda a equipe de saúde compartilham a responsabilidade pelos resultados. Essa mudança, no entanto, exige mais que uma simples lista de perguntas: precisamos de uma transformação cultural que inclua governos, universidades, empresas e todo o setor de saúde.

As Perguntas que Devem Fazer Parte da Consulta

  1. Este é o meu diagnóstico?
  2. Existem alternativas a este tratamento?
  3. Quantas vezes você já fez este procedimento?
  4. Quais exames tenho que fazer?
  5. Quando vou receber os resultados?
  6. Como se escreve o nome deste medicamento?
  7. Este medicamento tem efeitos colaterais?
  8. Este medicamento vai interagir com os medicamentos que eu já estou tomando?
  9. Tenho que alterar a minha dieta alimentar para que estes medicamentos façam melhor efeito?
  10. Quais são as possíveis complicações?
  11. Posso esperar para decidir se vou iniciar este tratamento?
  12. Quais as perspectivas para o meu futuro (prognóstico)?
  13. Este tratamento interfere nas minhas atividades do dia a dia?

Comunicação para Segurança e Eficiência

Quando o paciente tem clareza sobre seu diagnóstico, os exames e tratamentos necessários e sobre os potenciais riscos e prognósticos, ele se torna um membro informado da equipe de cuidados. Esse envolvimento é crucial para fortalecer o compromisso de todos com um atendimento seguro e eficiente. A lista de perguntas serve não apenas para o paciente obter mais informações, mas para reforçar uma cultura de transparência e responsabilidade mútua.

Portanto, é fundamental que os profissionais de saúde incentivem o paciente a perguntar e se certifiquem de que todas as dúvidas sejam respondidas de forma clara e acessível. Mais do que isso, as instituições de saúde devem adotar essas perguntas como uma ferramenta padrão, integrando essa prática na rotina dos consultórios, ambulatórios e pronto atendimentos.

Inserir o paciente em seu diagnóstico e tratamento é, antes de tudo, um compromisso ético e uma atitude de respeito à sua autonomia. Ao promover uma comunicação aberta e assertiva, profissionais e instituições de saúde caminham rumo a um sistema mais justo, igualitário e focado em resultados reais. Que as 13 perguntas se tornem uma bandeira na busca por um atendimento mais humano e seguro, onde o paciente seja verdadeiramente parte de sua própria jornada de saúde.

Por Dr. Rubens Covello – CEO da Quality Global Alliance.

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